MUDAR esta pouca vergonha

Sempre fui uma grande admirador do futebol praticado na Europa, com incidência na liga Inglesa. Contudo em Portugal mais uma vez os bons exemplos nunca são seguidos nem tão pouco refletem questões serias e de alguma relevância socio-economica.
Cada vez mais o futebol profissional é visto como fonte de rendimento e um negocio em grande expansão, mas se as atitudes e as mentalidades não MUDARem, será o fim do futebol profissional.

Na Inglaterra as jornadas são normalmente durante sábado e domingo entre as 12.30 e as 18. Os únicos jogos depois dessa hora são efectuados as segundas depois do horário médio laboral, depois das 19h.
Para não só cativar as pessoas a irem ao estádio com a família mas também numa óptica dos mercados asiáticos, onde este desporto/campeonato são muito apreciados.

Outro exemplo é o futebol americano, NFL. Neste desporto o calendário também tem um agendamento interessante, jogos apenas no domingo e um jogo na segunda. Os de domingo começam perto das 13h ( depende do fuso horário), das 16h e um jogo em prime time as 20.30. Na segunda no mesmo horário em prime time. Resultado? Mercado asiático, europeu e americano garantidos. Mas é algo importante verificar que tanto na NFL como na liga Inglesa, os estádios estão cheios e com preços elevadíssimos estão sempre ou quase sempre esgotados.

Agora parem e pensem, em Portugal como é? O fim de semana futebolístico pode começar numa sexta as 20.30 e acabar numa segunda as 21.15 ( nota para os mais desatentos são cerca dez jogos por jornada, nada de muito complicado). Os jogos só começam no sábado e domingo perto das 18 e os quem tem os 3 grandes normalmente só em prime time para terem bons ganhos com a publicidade etc, etc. A assistência media dos outros jogos fora Benfica, Porto, e Sporting devem ser de 1000 adeptos, onde se ganharem 35 euros médio por bilhete, para os custos de um jogo são claramente pouco.

Há algo aqui que tem de ser mudado.
Qual o papel da federação portuguesa de futebol?
Qual o papel dos clubes com menos de 50 mil sócios face os detentores dos direitos televisivos?
Para quem é benéfico estes horários e este modelo?

Mudar por mudar não faz sentido, mas ficar na expectativa para ver se algo muda sem se fazer nada faz ainda menos sentido.

JM