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Archive for March 2012

Economia paralela

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Friday, March 30, 2012 by

O Governo anunciou esta quinta-feira que para combater a fraude e a economia paralela pretende proibir pagamentos em dinheiro acima de mil euros. Esta parece-me uma medida simples e eficaz. A única questão é se pagamentos em géneros (robalos, alheiras ou pão-de-ló) serão permitidos.


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Wednesday, March 28, 2012 by Bored Soul

Parece que Portugal está no top 10 dos países que consomem mais álcool... Afinal talvez haja uma explicação para me parecer que anda tudo bêbado.



Boas notícias

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Como mencionei na semana passada as taxas de juro implicitas da divida portuguesa têm estado em queda acentuada, e nesta terça em nenhuma maturidade dívida portuguesa esteve acima dos 14% e na maturidade a 2 anos atingiu-se os 9.3%.
Isto são muito boas notícias, mas infelizmente não têm um efeito directo e imediato na vidas dos portugueses (embora o aleviar das taxas de juro esteja a facilitar o financiamento das empresas, pelo que isso pode evitar encerramentos e salários em atraso, e no médio-prazo levar à criação de emprego se esse dinheiro for usado em investimento em Portugal). Neste momento, o governo tem de manter a política de consolidação orçamental, pois a instabilidade dos mercados continua a ser grande e qualquer má noticia pode levar a um novo disparar das taxas de juros. Além disso, acreditando que as taxas ainda podem descer mais, esta ainda não é a altura do governo voltar ao mercado de maturidades mais elevadas (embora fosse interessante tentar dentro em breve fazer um leilão de obrigações com maturidade superior a 1 ano).
Apesar do esforço de consolidação orçamental, o Governo não deve esquecer as reformas estruturais que são necessárias e deve procurar criar as medidas de apoio social necessárias para evitar as bolsas de pobreza e situações de pobreza extrema (um particular cuidado deve ser tido com crianças e idosos, pois são os mais vulneráveis).
No meio das boas noticias dos últimos dias, foi anunciado que a Mohave Oil and Gas Corporation acredita que o subsolo de Alcobaça posa ter volumes potenciais de gás na ordem dos cinco a seis milhões de metros cúbicos. Como já disse em anteriores posts continuo a ter esperança que Portugal encontre petróleo no Beato.


Goldman Sachs e as Marionetas

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Tuesday, March 27, 2012 by

Há algumas semanas atrás, um antigo trabalhador da Goldman Sachs escreveu um artigo em que revelou que dentro da Goldman Sachs muitos consideravam os clientes como meras marionetas. A revelação levou à seguinte música, que pode muito bem ser aplicada a outros agentes financeiros.


Poder local ou localizado?

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Monday, March 26, 2012 by

Mais um congresso do PSD que passou sem se falar abertamente de uma questão que abrange todos os sectores do partido, bem como todos os diferentes partidos. A questão das freguesias e a sua mais valia para o povo, gosto de falar em povo que assim apelo ao coração dos meus " camaradas " amigos da esquerda. Vou só aqui deixar umas ideias para reflectir: O que se ganha com o mapa actual? As freguesias estavam ligadas as paroquias antigamente, hoje em dia há um pároco para varias paroquias. Os presidentes de junta, quantos são aqueles que não são políticos a tempo inteiro? Quantos dos presidentes de junta não são moços de recados dos presidentes de Camara? Faz sentido, por exemplo, a Camara municipal de Abrantes ter igualmente uma junta de freguesia de Abrantes? Não sou contra o modelo actual, só por ser. Nem sou um fundamentalista que apenas vê números e custos. Acho que associações de municípios podem ser mais úteis que juntas de freguesias, nos dias de hoje com o poder da comunicação e do conhecimento. P.s. Nota para memória futura, colocar o clip do presidente da junta do herman...é de morrer a rir!


Porque sabe bem dar estas notícias

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Saturday, March 24, 2012 by

No início de Março nasceram sete crias de lince-ibérico no Centro de Reprodução de Lince-ibérico em Silves. Apesar duma das crias ter acabado por morrer, as outras seis estão bem de saúde, pelo que Portugal e o Mundo podem assim ter mais seis linces.


Porque hoje é dia de Greve Geral

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Wednesday, March 21, 2012 by


Aproveitar para registar o sucesso do leilão de divida pública realizado pelo IGCP esta quarta-feira. Os juros dos titulos a 1 anos  desceram para 3,652%, face a 4,943% pagos no leilão anterior enquanto os juros a 4 meses cairam para 2,168% (enquanto no anterios leilão o juro tinha sido de 3,652%)


Ideia para pensar

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Artur Santos Silva defendeu esta terça-feira que devia ser o Fundo Monetário Internacional (FMI), e não as agências de notação financeira, a fazer o "rating" de todos os países. Aqui está uma ideia bastante interessante, embora eu não concorde com a segunda parte da sugestão. Tal como Artur Santos Silva penso que uma entidade supranacional, não lucrativa e sem negócios nos mercados financeiros e monetários devia fazer o "rating" da divida dos países. Isto sem prejuizo, que existessem agências de notação financeira que também publicassem o rating" dos países.


It's Getting Better

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Tuesday, March 20, 2012 by

O BCE publicou no seu boletim mensal que dívida portuguesa é sustentável mesmo com recessão de 5% este ano, sendo  que o peso do endividamento público não ultrapassará os 110% do PIB em 2020 (quando o objectivo para a Grécia, mesmo depois do perdão de parte da dívida, é os 120% do PIB em 2020).
Esta noticia vem juntar-se a outras boas noticias nos últimos tempos, associadas não só a Portugal mas à situação da economia global. Esta melhoria do ambiente seria muito benéfica a Portugal, pois permitiria fazer os ajustamentos estruturais necessários duma forma menos dolorosa. Vamos ver o que os próximos tempos nos trazem.


Corrida presidencial

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Sunday, March 18, 2012 by

Apesar de ainda faltarem quase 4 anos para as próximas eleições presidenciais, parece que a corrida já esta lançada. Vários acontecimentos da última semana provam isso.
Logo, na segunda-feira o Correio da Manhã publicou uma sondagem que indicava que Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa eram os candidatos mais bem colocado na corrida à sucessão de Cavaco Silva. Aproveitando o lançamento do livro de António Costa, seguiram-se várias declarações de apoio a esse. Por fim, na sexta-feira saiu uma entrevista de Pedro Santana Lopes em que ele admite candidatar-se a Presidente da República.
Já que a corrida foi lançada, vou apresentar a minha declaração de intenções. Para mim, a eleição perfeita para Presidente da República teria como candidato da esquerda António Guterres e como candidata da direita Assunção Esteves. Penso que qualquer um desses candidatos seria um excelente presidente da República, pelo que o resultado final seria indiferente.


Professores

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Friday, March 16, 2012 by

Um recente estudo da OCDE revelou que em Portugal os professores têm salários mais altos do que trabalhadores com a mesma qualificação, sendo que Portugal é um dos países em que os salários dos professores são mais altos, quando comparados com os de outros profissionais com qualificação académica semelhante.

Ao olhar para esses números é importante não cair na demagogia de pensar que eles revelam que os professores são uma classe privilegiada, pois uma coisa que os números não revelam é a productividade associada a esses maiores salários nem as consequências de ter menores salários. Exemplo muito básico. Vamos supor que existem apenas duas pessoas que podem ser professores: uma será um excelente professor a outra não. Se um salário superior for a única forma de atrair o bom professor, então salários mais altos não significam a existência de uma classe privilegiada, são apenas o resultado do funcionamento do mercado laboral.

Logo, os números devem ser discutidos com cuidado, procurando perceber porque é que os salários são mais altos, se isso é positivo para a sociedade (principalmente, para escolas, alunos e professores) e quais seriam as consequências de ter salários mais baixos. Nessa discussão seria importante evitar a postura "bota-abaixo" da FENPROF que já veio dizer que os números são uma vigarice. Se há erros esses devem ser corrigidos, mas após a correção é importante compreender o que se pode aprender dos números deste estudo.


Timor

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Wednesday, March 14, 2012 by

Há 10 anos Timor-Leste era um assunto presente no dia-a-dia de qualquer português, dado o acompanhamento feito pela comunicação social  e o enfoque que os nossos políticos lhe davam. Hoje parece que caiu no esquecimento e nunca mais nos lembrámos deste pequeno país.

O The Economist desta semana traz um pequeno artigo onde faz um retrato da situação actual  e fala sobre os desafios que se colocam a Timor-Leste. Essencialmente, o artigo refere que o governo liderado por Xanana Gusmão têm-se caracterizado por algum populismo, usando as receitas do petróleo para aumentar as despesas do Estado com subsidios às populações (isto faz lembrar alguma coisa?!) em vez de realizar investimentos mais estruturais. Por outro lado, Ramos-Horta, apontado como uma voz moderada e com grande prestigio international, arrisca-se a perder as eleições, o que pode aumentar a deriva populista.

Apesar das dificuldades que Timor-Leste enfrenta, não devemos esquecer o potencial existente, particularmente devido à situação geográfica e a alguns recursos existentes. Infelizmente, parece que Portugal se esqueceu de Timor. As relações privilegiadas de Portugal com os países de lingua portuguesa deviam ser uma das suas fontes de vantagem comparativa, através da criação de laços de cooperação entre os diversos paises, que permitisse o desenvolvimento comum de todos. Esta não é contudo a política dos nossos governantes (particularmente do actual e anterior governo), que parecem só olhar para Angola e esporadicamente para o Brasil, e normalmente duma forma subserviente, vendo esses paises como possível fonte de crédito barato. Penso que os diversos paises de lingua portuguesa  ganhariam com outro tipo de atitudes.


Old Times

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Sunday, March 11, 2012 by

Os últimos dias trouxeram a Portugal algum do entusiasmo existente no final do séc.XIX em que a roupa suja era lavada na praça pública através dos jornais, livros ou folhetins. Primeiro, foi Cavaco que no seu livro acusou Sócrates de “uma falta de lealdade institucional que ficará registada na história da nossa democracia”. Esta sexta foi a vez de Mário Crespo criticar de forma violenta o Expresso e Miguel Sousa Tavares em artigo no próprio Expresso.
Penso que em nenhum dos casos a crítica ficou bem, pois pareceu ser uma especie de vingança. Principalmente no caso de Cavaco, o mais estranho é a altura que escolhe para fazer a crítica e os argumentos apresentados. Penso que Cavaco tem todo o direito de fazer a critica, mas deve fundamentar devidamente porque acusa Sócrates de “uma falta de lealdade institucional que ficará registada na história da nossa democracia”.  Os argumentos apresentados são muito fracos e funcionam como boomerang, pois podiam na sua maioria ser aplicados ao último governo de Cavaco Silva.
A Mário Crespo e Cavaco Silva deixo um conselho. Se querem reviver o séc.XIX, então em vez de lavar a roupa suja na praça pública, desafiem os seus oponentes para um duelo. Pelo menos o entusiasmo para os espectadores será maior.



Falling Down

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Saturday, March 10, 2012 by

No dia em que se ficou a saber que o nível de participação dos credores privados da Grécia na operação de troca de títulos da dívida foi de 95,7%, o INE anunciou que o PIB português diminuiu 1,6% em volume em 2011. Para Portugal, a Grécia e os credores gregos aqui vai uma musiquinha



Bandex - Um projecto a descobrir

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Thursday, March 8, 2012 by

Descobri recentemente o projecto Bandex que acho que deve ser ouvido (e visto com atenção). De seguida 4 videos que servem de aperitivo






Portugal é notícia

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Wednesday, March 7, 2012 by

Depois de na semana passada um colunista do "The Economist" ter dito que os alemães "não vão reaver o dinheiro" acordado nos empréstimos a Portugal, o "The Economist" desta semana (edição de 3 de Março) traz um artigo bem mais abonatório para Portugal. Apesar de considerar que Portugal apresenta diversos problemas e riscos, o "The Economist" salienta o esforço que está a ser feito, as reformas já alcançadas e a existência de consenso para a necessidade dessas reformas. O "The Economist" evidencia essencialmente a forma como os portugueses têm reagido às medidas tomada, isto é, evidencia a forma ordeira e pacifica como este periodo dificil está a decorrer. Tal como critiquei em outras alturas, o "The Economist" comete também o pecado de elogiar Portugal através da comparação com a Grécia, apontando as diferenças entre os 2 países.

Num dos segmentos mais curiosos do artigo é dito que: "[The Government] reforms are supported by the two main political groups, which between them take two-thirds of votes. The rest go to a mixture of eccentric monarchists, greens and communists. Even these are hardly fire-breathing." Três questões: Onde andam os monárquicos? Os verdes e os comunistas são assim tão excentricos? E então e o BE (ou são eles os excentricos monárquicos)?


E agora Álvaro?

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Tuesday, March 6, 2012 by

Segundo rezam as crónicas, o Álvaro estava com vontade de hoje bater com a porta. No entanto, depois de conversar com o nosso primeiro à hora do chá, decidiu-se a ficar por mais uns tempos. Vamos ver até quando, pois o Álvaro já percebeu que era mais fácil escrever em blogs do que ser ministro.


Porque é bom dar estas notícias

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Monday, March 5, 2012 by

O histórico café de Coimbra "A Brasileira" reabriu no dia 1 de Março. Este café foi fundado em 1928, mas infelizmente nos últimos 17 anos serviu de pronto-a-vestir. Esperar que fenómeno semelhante ocorra com algos dos espaços históricos do nosso pais que fecharam nos últimos anos.


UE e o Futuro

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Sunday, March 4, 2012 by

Na semana que agora termina a União Europeia (UE) concedeu à Sérvia o estatuto de candidata à adesão. Este é um sinal de que a UE continua a crescer sem resolver primeiro os seus problemas internos e sem definir qual o caminho que pretende seguir.

Eu não defendo que a UE seja um clube selectivo. No entanto, antes de alargar os estados-membros, a UE devia procurar definir entre os seus actuais membros qual a sua missão, visão e projecto.

Na minha opinião seria benéfico para todos que existessem duas organizações com caracteristicas diferentes em vez da actual UE. Uma dessas organizações criaria um mercado comum e garantiria a coesão económica e social para que esse mercado comum funcionasse. Na outra organização além de um mercado comum, existiria uma união monetária com parcial integração económica e política. Esta clarificação permitiria que cada pais escolhesse a forma de integração que considera mais apropriada para si. Isto seria importante, pois alguns dos actuais estados membros (em particular o Reino Unido) e dos candidatos a adesão, apenas pretendem fazer parte dum mercado comum, pelo que a sua participação numa instituição com objectivos mais amplos será sempre uma fonte de bloqueios. Esta clarificação dará também a necessária liberdade e flexibilidade para caminhar para uma integração mais profunda entre os países que o assim pretendem.

Qualquer que ela seja, a definição do projecto europeu é fundamental para promover uma integração efectiva dos novos membros e garantir a sustentabilidade das instuições já existentes.

Em relação aos futuros alargamentos é importante que a UE garanta que os países só sejam aceites depois de serem cumpridos na plenitude os principios estabelecidos nos critérios de admissão. Por exemplo, neste momento não é claro que Hungria, Roménia e Bulgária cumpram esses principios.


"Safe House" em Lisboa

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Thursday, March 1, 2012 by

Vários orgãos de comunicação social revelaram esta quarta-feira que a Câmara de Lisboa está a estudar a proposta de criação de “uma safe house” onde, entre outras coisas, as profissionais do sexo se poderiam dedicar a uma “prática segura” da sua actividade. Por estranho que vá parecer a alguns, esta proposta foi feita pela Obra Social das Irmãs Oblatas, uma instituição ligada à Igreja Católica. Espero que este facto, permita que a discussão desta proposta seja feita de uma forma séria, elevada e sem preconceitos.
Tenho a certeza que serão muitos os que se vão opor à ideia, mas era sem dúvida importante que se discutisse a proposta, os seus prós e contras.
Na minha opinião a criação de “uma safe house” que fosse de alguma forma controlada pela Câmara de Lisboa e pela Obra Social das Irmãs Oblatas poderia ser uma experiência muito positiva, pois tranferiria uma realidade que todos sabem que existe mas que alguns pretendem não ver, para um espaço onde se evitassem situações de abuso, exploração e lenocidio.