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Archive for March 2013

Sócrates Vs Ricardo Araújo Pereira

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Thursday, March 28, 2013 by


Segundo Sócrates “ o Governo se meteu num buraco e acha que o que deve fazer é começar a escavar. E eu digo: parem de  escavar. Parem com a austeridade. Paremos com esta loucura. Se continuarmos a cavar não cumprimos nem na dívida nem no défice”. Isto vai totalmente contra as ideias de Ricardo Araújo Pereira, que explicou no seu programa "Mixórdia de Temáticas" como é possivel endireitar o mundo escavando um buraco com uma retro-escavadora. Afinal, quem está certo?




Sócrates: Voltei, Voltei

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Saturday, March 23, 2013 by

A UE parece estar à beira duma nova crise, contudo a notícia da semana em Portugal foi que José Sócrates vai ter um programa de comentário na RTP a partir de Abril. A notícia parece que deixou o mundo politico nervoso, pois Seguro apressou-se a dar sinais de vida ao anunciar uma monção de censura ao Governo enquanto o PSD começou a disparar em todas as situações.

Na minha opinião o objectivo de Sócrates é evidente: começar a preparar o caminho para as próximas presidenciais (contudo, com Sócrates nunca se sabe). Assumindo que esse é o objectivo, é curioso  reparar as semelhanças entre Sócrates e o actual presidente. Ambos foram primeiro-ministros com fases iniciais de mandatos bastante positivas onde se fizeram algumas das mais importantes reformas do país nas últimas décadas. No entanto, os finais dos mandatos de ambos foi penoso e com consequências bastante negativas para o país. Saíram de primeiro-ministros com uma opinião pública bastante negativa e reacções bastante sentimentais por alguns grupos da população. No entanto, sempre mantiveram um núcleo duro que os via como salvadores da pátria e essa ideia foi crescendo à medida que o tempo decorria (Sócrates ainda está nesta fase). Do ponto de vista da personalidade existem também bastante semelhanças: grande confiaça em si próprios que "roça" a arrogância, dificuldade em ouvir opiniões contrárias, capacidade inata de controlar os media e os timing politicos. Em abono de Cavaco, devo contudo dizer que ele possui uma carreira académica reconhecida e passou a sua juventude afastado da politica com as vantagens que dai advêm. Sócrates não se pode gabar do mesmo.
Tal como sempre achei que Cavaco não seria um bom Presidente da República (como se está a verificar), também acho que Sócrates o não será. Nenhum possui as capacidades que considero necessárias para ser um bom Presidente da República, pelo contrário possuem personalidades e passados que dificultam o exercicio desta função.

Eu centrei este post na possibilidade de ter Sócrates como Presidente da República e acabei por ignorar a sua ida para comentador. No entanto, não queria acabar sem dizer que essa nova actividade do nosso antigo primeiro ministro nem me aquece nem me arrefece. Cada um  é livre de fazer o que lhe apetece, desde que não interfira com as liberdades dos outros. Isto é um dos casos em que tal se aplica, pois quem não o quer ouvir tem uma fácil solução que  é  mudar de canal (ou, melhor, desligar a televisão).






Porque hoje começa a Primavera ...

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Thursday, March 21, 2013 by

E nestas alturas lembramo-nos que devemos preservar a Natureza




The good, the bad and the ugly: UE, bandidos e Chipre

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Tuesday, March 19, 2013 by


A UE lançou uma espécie de bomba atómica ao exigir ao Chipre a criação de um imposto de 10% sobre os depósitos superiores a 100000 euros como contrapartida da ajuda financeira. Apesar da gravidade e dos perigos da medida, até existiam algumas explicações racionais para a justificar. O Chipre precisa em grande parte da ajuda financeira da UE para capitalizar os seus bancos e assim garantir o dinheiro aos depositantes. A questão é que grande parte desses depositantes não são cidadãos do Chipre nem sequer da UE, e "desconfia-se" que se tratam de individuos ligados a actividade ilegais que utilizam o Chipre como forma de branquear os seus capitais. Logo, sendo isso verdade, o resgate dos bancos iria estar de forma indirecta a financiar esse mundo ilegal. Logo, o imposto sobre os depósitos permitiria de alguma forma equilibrar essa dificil balança. Além disso, um imposto lump sum sobre a riqueza pode por vezes ser um mal menor quando a alternativa são impostos distorcionários para alcançar a mesma receita. No entanto, o imposto sobre os depósitos não é a melhor forma de alcançar isso, pois vem criar outras distorções ao criar incerteza sobre a possibilidade de medidas semelhantes no futuro ou em outros paises, o que leva as pessoas a reduzirem os seus depósitos e consequentemente o multiplicador monetário.

A UE não foi capaz de explicar nada disso, o que só veio tornar mais complicada e dificil, uma medida que já de si não era fácil. A UE devia ter: (1) mencionado o problema da lavagem do dinheiro no Chipre através dos depósitos, (2) criado mecanismos que garantissem que essa medida não se repetiria e (3) garantido a proporcionalidade do imposto e alargado o montante de pessoas isentas do imposto. Infelizmente tal não aconteceu e já temos mais uma crise.





Que Deus nos perdoe a todos...

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Sunday, March 17, 2013 by Bored Soul

... que ninguém sabe o que faz.
O papa Francisco terá dito aos cardeais "Que Deus vos perdoe pelo que acabaram de fazer". Em sua homenagem e em homenagem a um ilustre membro deste blog, que Deus me perdoe



Em torno de nada

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by Bored Soul

Se António José Seguro (ou alguém) dissesse qual é realmente o projecto do PS, acho que seria mais fácil mobilizar os portugueses em torno dele... É que assim nas próximas eleições o mais certo é irmos de mal a pior.



Portugal e a austeridade: Uma alegoria

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by


É possivel e por vezes necessário aguentar muita coisa, mas há sempre um limite




Crucify your Mind

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Tuesday, March 12, 2013 by

Numa altura em que os senhores da Troika continuam a prolongar a sua estada em Portugal, levando a que Passos Coelho não indique uma data para apresentar a 7.ª avaliação da troika, decidi colocar neste espaço uma música que reflecte bem a relação entre os portugueses e a Troika.




Urgente mudar esta situação

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Monday, March 11, 2013 by

O Público noticiou este domingo que assistentes sociais e especialistas de saúde mental avisam que há cada vez mais doentes mentais a faltar às consultas e a abandonar a medicação por dificuldades económicas  e consequente dificuldade em suportar os custos das deslocações e da medicação prescrita. Como tenho alertado em anteriores posts é fundamental que o governo tome medidas que evitem que situações dessas ocorram. Claro que  é important separar o trigo do joio, mas o governo deve garantir que quem realmente precisa recebe os tratamentos necessários.




Cause

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Friday, March 8, 2013 by


Esta quinta-feira a agência de rating S&P retirou o “outlook” negativo da dívida portuguesa, substituindo-o por uma perspectiva “estável”. A S&P justifica a mudança com a expectativa que o apoio a Portugal seja extendido, tornando o programa de redução do défice “mais sustentável”.

Esta noticia significa que algumas das politicas do governo estão a ter algum sucesso, pelo menos ao nível da percepção do risco da dívida portuguesa. Contudo, o governo e a UE não se devem iludir por esses sinais dados pelas agências de rating e devem prestar atenção a outros acontecimentos, tais como a manisfestação do último fim-de-semana. Nesta manisfestação o povo português (considerado por Gaspar como o melhor do mundo) voltou a ter uma atitude exemplar e deu uma lição de como demonstrar o seu descontentamento. No entanto, a elevada adesão a esta manifestação e a tristeza que os rostos dos participantes demonstravam revela que os sacrificios que estão a ser pedidos começa a estar próximo do limite (ou já ultrapassou esse limite) para muitos portugueses. Logo, é importante rapidamente tomar medidas para evitar que situações extremas ocorram.

Outro ponto importante é a necessidade de mudar o paradigma da austeridade para a realização das reformas que permitam acabar com os problemas estruturais que levaram à actual crise. Neste momento, o problema de financiamento da economia está a ser resolvido através das medidas de austeridade, o que no longo prazo não é sustentável. O pais tem de realizar as reformas que lhe permitam gerar riqueza e reduzir as necessidades de financiamento.