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UE e o Futuro

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Sunday, March 4, 2012 by

Na semana que agora termina a União Europeia (UE) concedeu à Sérvia o estatuto de candidata à adesão. Este é um sinal de que a UE continua a crescer sem resolver primeiro os seus problemas internos e sem definir qual o caminho que pretende seguir.

Eu não defendo que a UE seja um clube selectivo. No entanto, antes de alargar os estados-membros, a UE devia procurar definir entre os seus actuais membros qual a sua missão, visão e projecto.

Na minha opinião seria benéfico para todos que existessem duas organizações com caracteristicas diferentes em vez da actual UE. Uma dessas organizações criaria um mercado comum e garantiria a coesão económica e social para que esse mercado comum funcionasse. Na outra organização além de um mercado comum, existiria uma união monetária com parcial integração económica e política. Esta clarificação permitiria que cada pais escolhesse a forma de integração que considera mais apropriada para si. Isto seria importante, pois alguns dos actuais estados membros (em particular o Reino Unido) e dos candidatos a adesão, apenas pretendem fazer parte dum mercado comum, pelo que a sua participação numa instituição com objectivos mais amplos será sempre uma fonte de bloqueios. Esta clarificação dará também a necessária liberdade e flexibilidade para caminhar para uma integração mais profunda entre os países que o assim pretendem.

Qualquer que ela seja, a definição do projecto europeu é fundamental para promover uma integração efectiva dos novos membros e garantir a sustentabilidade das instuições já existentes.

Em relação aos futuros alargamentos é importante que a UE garanta que os países só sejam aceites depois de serem cumpridos na plenitude os principios estabelecidos nos critérios de admissão. Por exemplo, neste momento não é claro que Hungria, Roménia e Bulgária cumpram esses principios.


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