MUDAR esta pouca vergonha

Em tempo de autarquicas há que manter os eleitores informados.

Clique nos links para ficar convencido:

 

Nem tudo é regabofe no país. A Cáritas vai lançar umaplataforma de emprego para pessoas com mais de 40 anos. Como já discutido neste blogue, apesar do desemprego jovem estar num valor muito elevado, o desemprego parece-me ser ainda mais penoso para pessoas acima dos 40 anos.

Portugal sempre tive grandes atletas, cujos atributos e caracteristicas mereceram elogios nacionais e internacionais e permitiram alcançar resultados momentaneos. Contudo, infelizmente, existe um número reduzido desses desportistas que consigam apresentar resultados de forma consistente, em grande parte devido a falta de apoios e reconhecimento. Rui Costa começa a ser uma excepção. Depois de há cerca de um mês lhe ter dedicado um post pela vitoria na volta à Suiça, Rui Costa merece hoje um novo post dada a sua vitória numa  etapa da Volta a França, repetindo neste caso (tal como na volta à Suiça) o feito alcançado no ano passado. Aos 26 anos, Rui Costa está a apenas uma vitoria de alcançar o recorde de 3 vitórias em etapas da Volta a França detido por Joaquim Agostinho e  Acácio da Silva.

Infelizmente não existe uma equipa portuguesa capaz de tornar Rui Costa o lider que ele é. Por esta razão, neste momento os objectivos de Rui Costa são sempre limitados, apesar de alguma liberdade dada pela sua equipa a Movistar. Este ano, Rui Costa podia facilmente estar entre os 10 primeiros do Tour e talves até entre os 5 primeiros. No entanto, um azar do seu chefe de fila na semana passada, obrigou-o a trabalhar para ele, fazendo que perdesse numa etapa cerca de 10m. No dia seguinte Rui Costa perdeu mais 10m, mas aqui a história foi outra, pois na minha opinião tratou-se apenas duma estratégia para perder tempo e dessa forma ter liberdade para atacar.

Dizer ainda que esta semana o Tour divulgou que Rui Costa era o corredor mais popular.

Mais uma vez os parabéns a Rui Costa

Nas últimas semana tenho-me mantido em silêncio. No entanto, dado que no primeiro post deste blog prometi que ele seria uma pedrada no charco para MUDAR a pouca vergonha que reina em Portugal, não poderia deixar em claro os últimos acontecimentos por terras lusas. Chamando as coisas pelos nomes trata-se de uma  Palhaçada, um Regabobe, uma Ramboia.

Tudo começou de maneira discreta com a demissão de Vitor Gaspar, aquele que se calhar tem menos culpa nisto tudo. A palhaçada realmente começa com a nomeação de Maria Luis Albuquerque para ministra das Finanças. Dado que Vitor Gaspar tinha anunciado há muito tempo a intenção de deixar o governo, Passos Coelho tive mais do que tempo para considerar alternativas e mesmo que não tivesse também não precisava de ter tomado uma decisão em menos de um dia. Eu sei que nesse momento existem poucas pessoas que aceitaria a pasta das Finanças, mas dentro do Governo Passos Coelho até tinha uma boa opção em Paulo Macedo (e até mesmo no Álvaro, embora aqui existessem varios ses). Mais, Maria Luis Albuquerque era a pior das hipoteses pois a sua participação no processo das SWAPS é tudo menos clara, a demissão de Gaspar surge quando existe um confronto aberto com Maria Luis Albuquerque sobre a informação que Teixeira dos Santos deu, e por último o seu peso politico e económico é bastante reduzido.
Contudo, o regabofe não terminou aqui pois Paulo Portas decidiu no dia seguinte, depois da tomada de posse anunciar a sua demissão. Portas tinha tudo direito de se demitir mas devia ter feito tal antes da tomada de posse de Maria Luis Albuquerque e devia ser completamente claro nos motivos da sua demissão. Pior, dado que mais tarde voltou a trás na sua decisão, então não foi uma demissão convicta e nunca devia ter sido pedida dado que só prejudicou o pais.

A ramboia continuou com a oposição a não compreender na totalidade a gravidade do que se estava a passar e em muitos casos a pensar mais nos seus interesses do que nos interesses do pais.

Contudo, a farsa não ficaria completa sem o mestre dessas coisas participar. Cavaco conseguiu fazer uma declaração que ninguem conseguiu perceber e não sabe o que significa. Prova disso após a mensagem do Presidente, diferentes agencias noticiosas internacionais davam interpretações completamente opostas da mensagem de Cavaco. Nesse momento, pedia-se clareza e firmeza do Presidente, mas ele fez tudo menos isso, apenas veio aumentar a confusão. Dado que continuo sem compreender o que Cavaco, não sei se existe alguma coisa de bom nas suas ideias. Na minha opinião, neste momento a solução passaria por um governo de salvação nacional de iniciativa presidencial e que tivesse o apoio da maioria do parlamento. Mesmo não apoiando esse governo, a opinião de todos os partidos no parlamento deveria ser ouvida e levada em conta. O lider desse governo deveria ser alguém com uma enorme reputação e que conseguisse ser relativamente consensual entre os diversos partidos. Dada a falta de senadores apartidarios em Portugal são poucas as opções. As minhas sugestões seriam Freitas do Amaral, António Vitorino ou Assunção Esteves.

Agora esperar que PSD, PS e CDS estejam a altura das suas responsabilidades e ajudem o pais a ultrapassar isto.

Rui Costa venceu no ano passado a Volta a Suiça, tornando-se no primeiro ciclista português a conquistar  uma corrida por etapas do Pro-Tour. Este domingo repetiu o feito vencendo novamente a Volta Suiça, juntando ainda a vitória nas 2 principais etapas. Rui Costa com esta vitória subiu ao 10 lugar do ranking da UCI. 
Com estes resultados no futebol, Rui Costa seria sem dúvida um simbolo nacional com direito a condecorações e privilégios. No entanto, como é um ciclista recebe apenas de tempos a tempos uma menção honrosa por parte dos nossos governantes, autoridades desportivas e comunidade em geral.
Por isto tudo e muito mais, Rui Costa está de parabéns.

O deputado Bruno Dias fez esta quarta-feira uma interessante avaliação da politica económica do governo, recorrendo ao Borda D'Água. Segundo parece as noticias não são boas pois "Água de Julho no rio faz barulho;  chuva de Agosto apressa o mosto; e em Setembro pelo S.Mateus não peça chuva a Deus."

Angela Merkel afirmou que inveja nos homens a voz grave e a capacidade para cortar madeira. Aqui fica o meu comentário ...

Porque hoje temos de ganhar para ir ao Mundial

A geopolitica mundial tem sido tudo menos calma nos últimos anos. A sangrenta e mortífera guerra civil na Siria, a constante instabilidade na Coreia do Norte e os muitos recuos da primavera Árabe fazem temer que o mundo não se tornará um lugar mais pacífico nos próximos anos. No entanto, o último ano foi também marcado por algumas situações que nos dão esperança: a progressiva democratização de Myanmar e os acordos de paz entre as FARC e o governo colombiano para terminar com uma guerra civil com mais de 50 anos.

Krugman escreveu esta segunda-feira sobre o pesadelo que Portugal vive e que segundo ele é inaceitável. Segundo Krugman, o actual pesadelo deve-se não só aos erros do passados, mas também á actual politica monetaria e económica que vem sido seguida pelo BCE  e pela UE. A solução apontanda passa pela  "expansão mais forte na zona do euro como um todo” e “uma inflação mais elevada no núcleo europeu”. Mesmo não concordando com todos os pontos do texto, penso que o artigo de Krugman merece uma leitura atenta, pois coloca o dedo em várias feridas e oferece algumas medidas interessantes.

Esta segunda-feira o Presidente da República organizou o Conselho de Estado há muito anunciado pelo seu "novo porta-voz não-oficial". O Presidente da República decidiu discutir neste Conselho de Estado o "pós-Troika". Numa altura em que o país ainda tem de superar vários desafios para atingir as metas definidas pela Troika, este tema parece um dos "surrealismos" de alguns dos sketches dos Monty Phython ou dos Gato Fedorento. Dado que Cavaco anda a seguir esses exemplos, aqui fica uma sugestão.

George Orwell escreveu no seu ensaio "Politics and the English Language" que "political speech and writing are largely the defense of the indefensible". Algo em que os nossos politicos e jornalistas deviam meditar.

O cartoon do "The Economist" desta semana oferece um interessante retrato da actual situação da UE e particularmente de Portugal

O Estado Português voltou a colocar divida com maturidade a 10 anos, 3 dos 4 maiores bancos portugueses apresentam prejuízos elevados no primeiro trimestre, mas a notícia é que há dois touros à solta em Viana e "um deles marra".

Paulo Portas demonstrou hoje que é claramente o melhor lider politico actualmente em Portugal, a uma clara distância dos restantes (o que não obriga a que uma pessoa tenha de concordar com as suas ideias). Paulo Portas fez um dos melhores discursos políticos dos últimos tempos. A sua contextualização da actual situação foi excelente e na minha modesta opinião concordo plenamente com a estratégia que propôs para o relacionamento com a Troika (e que é completamente diferente da que tem sido seguida por Passos Coelho).  Ponto menos positivo, o de continuar a não me conseguir convencer em relação a algumas medidas, particularmente no que diz respeito ao aumento do horário de trabalho (ou é uma medida demagógica ou visa apenas dar mais incentivos para os funcionários públicos aceitarem rescinsões). No entanto, pelo menos salientou a necessidade de alterar algumas das medidas, principalmente substituindo-as por redução das despesas de funcionamento. Por último, era importante que Passos Coelho e Seguro aprendessem com Portas, e passassem a ser claros e objectivos nas suas propostas, nas coisas que concordam e nas que não concordam.

Passos Coelho afirmou este sábado que as várias medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira decorrem do "talento" de Portas. Eu nem vou tentar comentar esta frase, pois o CDS vai falar este domingo e por isso prefiro esperar para ver. De qualquer forma é uma frase com bastante interpretações.

Quanto às medidas de austeridade propriamente ditas, dizer que não consigo perceber como alguém com "talento" pode ter estado envolvido na sua elaboração. Usando as palavras de Manuela Ferreira Leite "andamos a fazer sacrifícios em nome de nada", pois o documento apresentado  "foi um exercício feito de pernas-para-o-ar" feito de acordo “com os objectivos que a troika impôs” e, depois, “construíram-se os indicadores de forma a encaixar” naqueles objectivos. Entre medidas demagógicas (como o aumento das horas de trabalho para 40h) e inconclusivas (muitas das medidas parecem ser apenas intenções sem se saber qual será a sua implementação, particularmente no que diz respeito à redução dos funcionários públicos), pouco se aproveita. Concordo que é necessário cortar a despesa do Estado, mas penso que seria possivel apresentar um programa de corte de despesas muito melhor.

... E o Documento de Estratégia Orçamental 2013-2017 apresentado pelo governo esta segunda-feira revela, entre vários números preocupantes, que o desemprego será de 18,5% em 2014 e permanecerá nos 16.7% em 2017. Este não é um problema exclusivo de Portugal, mas isso não invalida que o Governo o deva encarar como uma das suas prioridades. Por isso, aproveito para recomendar aos nossos governantes a leitura de dois artigos do Economist ("Generation Jobless: Work and the young" e "Generation Jobless: Youth unemployment"). Apesar de não concordar com todas as medidas apresentadas, penso que estes artigos são um bom ponto de partida para uma discussão séria sobre o tema.

Em mais um 25 de Abril há que lembrar que, apesar do estado do país, não estamos em ditadura nem num regime fascista. E que se chegamos ao estado em que estamos não foi em 2 anos do Governo actual foi em 39 de pós 25 de Abril. E não, não estou a defender um Salazar em cada esquina. A Liberdade tão apregoada neste dia traz consigo responsabilidades, deveres e não só direitos. É preciso mudança, mas mudança responsável.

E num momento em que tanto se questiona é sempre bom lembrar a importância da democracia e liberdade.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, disse este sábado que "Tendo em conta que os países que representam um terço do PIB [Produto Interno Bruto] da zona euro estão a contrair os seus orçamentos, é vital (...) que as economias com excedentes orçamentais contribuam mais para a procura, de modo a facilitar o processo de ajustamento [dos países] da periferia, evitar a fadiga da austeridade e renovar o dinamismo europeu"
Era importante que os responsáveis europeus e o nosso primeiro-ministro ouvissem Jack Lew. Em particular, este era o discurso que Passos Coelho devia estar a fazer junto da UE há já muito tempo.

Passos Coelho e Seguro parecem duas crianças mimadas que só olham para o seu umbigo, pouco se preocupando com Portugal. Verdade seja dita, quem começou a actual criancice foi Passos Coelho (e nem estou a falar da forma como chegou ao governo, que foi usando exactamente a mesma estratégia que Seguro agora usa). Depois de vários meses em que ignorou o PS, Passos Coelho foi pressionado pela Troika para dialogar com o PS. Em vez de iniciar o diálogo discreta e subtilmente, e com uma postura de abertura, Passos Coelho decidiu enviar o convite a Seguro numa carta aberta que simplesmente colocava o PS entre a espada e a parede. Infelizmente, Seguro não foi capaz de ser superior a Passos Coelho. Em vez de ignorar a atitude de Passos Coelho e tentar iniciar um diálogo com o Governo que ajude o país a ultrapassar a actual situação, Seguro foi para a reunião com o Governo sem propostas e sem abertura para tentar algum consenso, independentemente do que lhe fosse dito.
Infelizmente não é assim que Portugal avança e resolve os seus problemas

O Sunday Independent descobriu que nunca existiu um mestrado em Economia Empresarial na University College Cork (UCC) apesar do ministro das Finanças holandês e presidente do Eurogrupo indicar no seu curriculo que possui o titulo de mestre atribuido por esta universidade. O Ministério holandês das Finanças disse que tal se tratou dum erro e alterou o curriculo do ministro das Finanças holandês. Este incidente dá que pensar já que este é um dos senhores que actualmente manda nos destinos da UE (e de Portugal) e que volta não volta se lembra de vir dar umas lições de moral aos paises do Sul com algum ar de superioridade. O incidente mostra também que não é só em Portugal que há maus politicos. Lá fora também os há iguais ou piores.

O Público noticiou esta sexta-feira que a abertura de novas camas de cuidados continuados foi congelada pelo governo, pelo que a contratação de novas camas de cuidados continuados só pode avançar com a autorização do secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Aqui está mais um exemplo do que não deve ser a austeridade. Mesmo que seja necessário fazer cortes, eles nunca podem ser feitos desta forma cega.

“Cavaco devia lembrar-se da história do século xx. Por muito menos que isto foi morto o rei D. Carlos”.

Mário Soares em conversas para derrubar Governo. Soares apela a consenso para derrubar o Governo
pois acha que este Governo deve ser derrubado.

"Indignação pode tornar-se violenta".

 entre outras...

Sr. Soares salte para as cavalitas de uma tartaruga e vá gozar a reforma. Já tem (senil)idade para isso!

Quero aproveitar para divulgar o projecto de uma amiga.
O projecto em-rede tem como missão apoiar pessoas sem emprego a potenciar a sua condição económica e a sua felicidade, em grupo. São um grupo de 10 voluntários com experiência na área do Coaching, Formação, Recrutamento e Selecção.
Objectivos:
1) Apoiar directamente desempregados na procura de soluções para melhorarem a sua situação económica, na procura de emprego (feedback a cv’s, cartas de apresentação, presença on-line, sessão de apoio para ajudar a definir os próximos passos do percurso profissional, treino de entrevistas) ou no lançamento do seu próprio negócio (orientar as pessoas interessadas para os recursos e instituições que dão apoio ao empreendedorismo);
2) Apoiar as estruturas/grupos de apoio a desempregados já existentes em Portugal, partilhando com elas boas práticas. Achamos que esta é a melhor forma de multiplicar o valor da nossa intervenção, transferindo know-how para as pessoas que já estão no terreno e permitindo a essa comunidade aprender com o que está a fazer, ou seja, funcionar em-rede em vez de “a solo”.
3) Dinamizar um grupo alargado de entidades e pessoas diferentes para reflectir sobre o problema do desemprego em Portugal e encontrar soluções integradas através dos recursos já existentes. Queremos convidar desempregados, career services, centros de empregos, IPSS, Juntas de freguesia, empregadores, empresas de outplacement, paróquias, fundações, ONGs e entidades ligadas ao empreendedorismo

Podem votar no projecto EM-REDE aqui.

...Demagogo!

Já tinha lido alguns artigos escritos pelo Miguel Gonçalves e também vi em directo a sua primeira aparição nas televisões portuguesas, dei por mim a pensar que ali estaria um jovem com ideias novas e frescas para a malta da minha geração. Hoje quando vejo melhor, acho que fui eu a querer que assim fosse. Infelizmente a politica portuguesa esta cada vez a cair em maior desgraça, os novos não querem ir para o lamaçal e os velhos ja estão tão enlameados que já nem querem sair para não se ver o quão sujos estão.

Infelizmente o Miguel leva as ideias tão efusivamente ao ridículo que acaba por se tornar um palhaço demagogo. Atenção que falo em palhaço no sentido humorístico, em vez de palhaço....direi antes que tem um conceito de Humor Demagogo (se é que isso existe). Não esquecer que este rapaz foi nomeado para embaixador do Impulso Jovem (reparem bem no trocadilho de palavras bater punho e impulso jovem) e tudo arquitectado pelo Ex Ministro Ex Dr. Miguel Relvas....

É preciso mudar a esta pouca vergonha de demagogia barata...e fazer politica interessante e não de interesses!

Ah! aqui vão dois clips sobre a sua temática de Bater Punho e Vender pipoca!

António José Seguro assume-se (surpresa das surpresas) disponível para substituir o governo… resolver problemas é que não é com ele. Seguro diz que quem criou o problema que o resolva, talvez esteja a contar trazer consigo José Sócrates (que já achou os cheques que tinha "perdido") e outros camaradas do PS.
Se é para substituir o governo eu espero (talvez até exija) alguém que resolva (os) problemas. Criar problemas é mais fácil mas para isso já temos muita gente.
Se é para substituir o governo eu espero alguém que apresente fins mas também meios para os alcançar.

A noticia desta quinta-feira foi a demissão de Miguel Relvas do Governo depois do Ministério da Educação e Ciência anunciar que vai enviar para o Ministério Público o relatório da Inspecção-Geral de Educação e Ciência relativa ao processo de licenciatura de Miguel Relvas, onde se detectam irregularidades na mesma. Mesmo que Passos Coelho e o seu grupo tenha agido estrategicamente nesta matéria no sentido de aumentar a credibilidade do Governo e transmitir uma imagem de que ninguém está acima da lei, não posso deixar de elogiar a medida do Ministério da Educação e Ciência pois ela é um sinal de vitalidade da democracia e reforça a confiança na imparcialidade e competência das instituições públicas.

O presidente cipriota apresentou um pacote com 12 medidas para ultrapassar a actual crise, entre as quais se inclui a criação de um casino. Santana Lopes devia pedir direitos de autor por essa grande ideia (e pode desde já sugerir o nome de Gehry ao presidente cipriota). Após o anúncio dessas medidas, o presidente cipriota deslocou-se a Atenas onde deverá encontrar-se com primeiro-ministro grego para pedir dois mil milhões de euros em ajuda. Eu sei que isso tudo parece mentira, ainda mais dado que hoje é 1 de Abril, mas não é.

Segundo Sócrates “ o Governo se meteu num buraco e acha que o que deve fazer é começar a escavar. E eu digo: parem de  escavar. Parem com a austeridade. Paremos com esta loucura. Se continuarmos a cavar não cumprimos nem na dívida nem no défice”. Isto vai totalmente contra as ideias de Ricardo Araújo Pereira, que explicou no seu programa "Mixórdia de Temáticas" como é possivel endireitar o mundo escavando um buraco com uma retro-escavadora. Afinal, quem está certo?

A semana passada os cipriotas começaram a semana com o anúncio de que o plano de resgate implicava a criação de um imposto sobre os depósitos com uma taxa de 9.9% para depósitos superiores a 100 000 euros e de 6.75% para os restantes depósitos. A meio da semana o plano foi rejeitado pelo parlamento cipriota. Esta semana começou com o anúncio de um novo plano que poderá implicar uma taxa de 40% para depósitos superiores a 100 000 euros (o comunicado da UE não fala em número mas esse é o valor esperado). O novo plano é pelo menos mais preciso que o anterior e apresenta algumas ideias concretas. No entanto, dada a evolução dos planos penso que os cipriotas não estejam ansiosos por um novo plano na próxima semana caso este não avance.

A UE parece estar à beira duma nova crise, contudo a notícia da semana em Portugal foi que José Sócrates vai ter um programa de comentário na RTP a partir de Abril. A notícia parece que deixou o mundo politico nervoso, pois Seguro apressou-se a dar sinais de vida ao anunciar uma monção de censura ao Governo enquanto o PSD começou a disparar em todas as situações.

Na minha opinião o objectivo de Sócrates é evidente: começar a preparar o caminho para as próximas presidenciais (contudo, com Sócrates nunca se sabe). Assumindo que esse é o objectivo, é curioso  reparar as semelhanças entre Sócrates e o actual presidente. Ambos foram primeiro-ministros com fases iniciais de mandatos bastante positivas onde se fizeram algumas das mais importantes reformas do país nas últimas décadas. No entanto, os finais dos mandatos de ambos foi penoso e com consequências bastante negativas para o país. Saíram de primeiro-ministros com uma opinião pública bastante negativa e reacções bastante sentimentais por alguns grupos da população. No entanto, sempre mantiveram um núcleo duro que os via como salvadores da pátria e essa ideia foi crescendo à medida que o tempo decorria (Sócrates ainda está nesta fase). Do ponto de vista da personalidade existem também bastante semelhanças: grande confiaça em si próprios que "roça" a arrogância, dificuldade em ouvir opiniões contrárias, capacidade inata de controlar os media e os timing politicos. Em abono de Cavaco, devo contudo dizer que ele possui uma carreira académica reconhecida e passou a sua juventude afastado da politica com as vantagens que dai advêm. Sócrates não se pode gabar do mesmo.
Tal como sempre achei que Cavaco não seria um bom Presidente da República (como se está a verificar), também acho que Sócrates o não será. Nenhum possui as capacidades que considero necessárias para ser um bom Presidente da República, pelo contrário possuem personalidades e passados que dificultam o exercicio desta função.

Eu centrei este post na possibilidade de ter Sócrates como Presidente da República e acabei por ignorar a sua ida para comentador. No entanto, não queria acabar sem dizer que essa nova actividade do nosso antigo primeiro ministro nem me aquece nem me arrefece. Cada um  é livre de fazer o que lhe apetece, desde que não interfira com as liberdades dos outros. Isto é um dos casos em que tal se aplica, pois quem não o quer ouvir tem uma fácil solução que  é  mudar de canal (ou, melhor, desligar a televisão).

O novo videoclip dos Muse para o tema "Animals" é da autoria de 2 portugueses, Inês Freitas e Miguel Mendes, que conseguiram tal feito ao ganhar um concurso mundial.

E nestas alturas lembramo-nos que devemos preservar a Natureza

A UE lançou uma espécie de bomba atómica ao exigir ao Chipre a criação de um imposto de 10% sobre os depósitos superiores a 100000 euros como contrapartida da ajuda financeira. Apesar da gravidade e dos perigos da medida, até existiam algumas explicações racionais para a justificar. O Chipre precisa em grande parte da ajuda financeira da UE para capitalizar os seus bancos e assim garantir o dinheiro aos depositantes. A questão é que grande parte desses depositantes não são cidadãos do Chipre nem sequer da UE, e "desconfia-se" que se tratam de individuos ligados a actividade ilegais que utilizam o Chipre como forma de branquear os seus capitais. Logo, sendo isso verdade, o resgate dos bancos iria estar de forma indirecta a financiar esse mundo ilegal. Logo, o imposto sobre os depósitos permitiria de alguma forma equilibrar essa dificil balança. Além disso, um imposto lump sum sobre a riqueza pode por vezes ser um mal menor quando a alternativa são impostos distorcionários para alcançar a mesma receita. No entanto, o imposto sobre os depósitos não é a melhor forma de alcançar isso, pois vem criar outras distorções ao criar incerteza sobre a possibilidade de medidas semelhantes no futuro ou em outros paises, o que leva as pessoas a reduzirem os seus depósitos e consequentemente o multiplicador monetário.

A UE não foi capaz de explicar nada disso, o que só veio tornar mais complicada e dificil, uma medida que já de si não era fácil. A UE devia ter: (1) mencionado o problema da lavagem do dinheiro no Chipre através dos depósitos, (2) criado mecanismos que garantissem que essa medida não se repetiria e (3) garantido a proporcionalidade do imposto e alargado o montante de pessoas isentas do imposto. Infelizmente tal não aconteceu e já temos mais uma crise.

... que ninguém sabe o que faz.
O papa Francisco terá dito aos cardeais "Que Deus vos perdoe pelo que acabaram de fazer". Em sua homenagem e em homenagem a um ilustre membro deste blog, que Deus me perdoe

Se António José Seguro (ou alguém) dissesse qual é realmente o projecto do PS, acho que seria mais fácil mobilizar os portugueses em torno dele... É que assim nas próximas eleições o mais certo é irmos de mal a pior.

É possivel e por vezes necessário aguentar muita coisa, mas há sempre um limite

Depois de nos ter dado música e alguns incriveis momentos de comédia enquanto esteve no Governo, Mário Lino volta ao palco no Teatro Maria Helena Torrado em Cascais para interpretar um engenheiro civil na peça "Nada do Outro Mundo". Segundo rezam as crónicas, Mário Lino é um actor multifacetado que até canta e dança. Para quem duvida aqui fica o link para o video

Numa altura em que os senhores da Troika continuam a prolongar a sua estada em Portugal, levando a que Passos Coelho não indique uma data para apresentar a 7.ª avaliação da troika, decidi colocar neste espaço uma música que reflecte bem a relação entre os portugueses e a Troika.

O Público noticiou este domingo que assistentes sociais e especialistas de saúde mental avisam que há cada vez mais doentes mentais a faltar às consultas e a abandonar a medicação por dificuldades económicas  e consequente dificuldade em suportar os custos das deslocações e da medicação prescrita. Como tenho alertado em anteriores posts é fundamental que o governo tome medidas que evitem que situações dessas ocorram. Claro que  é important separar o trigo do joio, mas o governo deve garantir que quem realmente precisa recebe os tratamentos necessários.

Esta quinta-feira a agência de rating S&P retirou o “outlook” negativo da dívida portuguesa, substituindo-o por uma perspectiva “estável”. A S&P justifica a mudança com a expectativa que o apoio a Portugal seja extendido, tornando o programa de redução do défice “mais sustentável”.

Esta noticia significa que algumas das politicas do governo estão a ter algum sucesso, pelo menos ao nível da percepção do risco da dívida portuguesa. Contudo, o governo e a UE não se devem iludir por esses sinais dados pelas agências de rating e devem prestar atenção a outros acontecimentos, tais como a manisfestação do último fim-de-semana. Nesta manisfestação o povo português (considerado por Gaspar como o melhor do mundo) voltou a ter uma atitude exemplar e deu uma lição de como demonstrar o seu descontentamento. No entanto, a elevada adesão a esta manifestação e a tristeza que os rostos dos participantes demonstravam revela que os sacrificios que estão a ser pedidos começa a estar próximo do limite (ou já ultrapassou esse limite) para muitos portugueses. Logo, é importante rapidamente tomar medidas para evitar que situações extremas ocorram.

Outro ponto importante é a necessidade de mudar o paradigma da austeridade para a realização das reformas que permitam acabar com os problemas estruturais que levaram à actual crise. Neste momento, o problema de financiamento da economia está a ser resolvido através das medidas de austeridade, o que no longo prazo não é sustentável. O pais tem de realizar as reformas que lhe permitam gerar riqueza e reduzir as necessidades de financiamento.

No momento em que estou a escrever os resultados finais das eleições italianas ainda não são conhecidos e parece que tudo ainda pode acontecer. Neste momento, com 99% dos votos contados parece que a coligação de centro-esquerda poderá ter conseguido a maioria na câmara baixa apesar de em termos de votos ter tido apenas 29.54% contra 29.14% da coligação de Berlusconi (este aparente paradoxo explica-se por o sistema italiano premiar o vencedor das eleições com um número adicional de lugares). No senado as contas são mais complicadas pois o número de votos que separam a coligação de centro-esquerda da coligação de Berlusconi é também muito pequeno, mas como nessa câmara o prémio ao vencedor é atribuido por região existe um quase empate, apesar de neste momento o centro-esquerda ter mais 5 lugares mas sem maioria. Além da surpresa do regresso de Berlusconi (lembrar que neste blog já nos tinhamos despedido dele), o partido anti-sistema de Grillo conseguiu um terceiro lugar em ambas as camâras, ficando mesmo próximo das duas coligações com mais votos.  Mario Monti ficou em quarto com apenas 10%.
No pior cenário, Berlusconi (e também Grillo) podem criar uma grande incerteza sobre o futuro politico em Itália, o que não será positivo para Itália e para a UE. Por agora, resta esperar pelos resultados finais e ver o que se chegue.

José Sócrates arranja part-time enquanto acaba o curso

Depois do sucesso de Gangnam Style e (vá-se lá perceber porquê) de Harlem Shake, Portugal (re)lança Grândola Vila Morena. Com uma coreografia que consiste principalmente em levantar o braço direito (ou ambos os braços conforme o entusiasmo) e fazer um movimento como se se estivesse a dar murros no ar, Grândola Vila Morena tem tudo para se tornar viral.

O fotojornalista Daniel Rodrigues venceu o primeiro prémio da secção “Daily Life” da World Press Photo (WPP) com uma fotografia que retrata um grupo de crianças a jogar futebol num pelado na Guiné Bissau. Daniel Rodrigues encontra-se actualmente desempregado. Este facto vem mais uma vez provar que na actual fileira de desempregados portugueses existem pessoas de grande qualidade e que o facto de não estarem a exercer a actividade que desejam representa uma perda não só para elas mas também para o país. Era importante que os nossos governantes deixassem de ver o desemprego como um número e mesmo como uma oportunidade, e tentassem dar resposta ao custo actual e para o futuro de não conseguir proporcionar as condições necessárias para criar emprego.