MUDAR esta pouca vergonha

Como escrevi em anteriores posts, o actual governo chegou à liderança do país duma forma que não a melhor. Passos Coelho tornou-se primeiro-ministro depois de derrubar o anterior executivo com o pretexto de não aprovar um novo PEC, indo atrás dos "arautos da desgraça" (os comentadores que enchem as nossas televisões e jornais) que acusavam Sócrates de todos os males do país. Penso que o primeiro-ministro começa a pagar o preço por ter alcançado o poder dessa forma, sendo que os mesmos "arautos da desgraça" já começam a acusar Passos Coelho e Vitor Gaspar de vários dos males do país.
Sócrates saiu numa altura em que não tinha mais espaço de manobra e depois de cometer vários erros. Logo, a saida de Sócrates era inevitável, embora ele não fosse o responsável de todos os males do país. Passos Coelho já cometeu alguns erros mas também já fez coisas boas. Além disso, ainda tem espaço de manobra e possui credibilidade externa e interna. No entanto, o sufoco que uma parte significativa da população portuguesa começa a sentir faz com que o governo se mova em areias movediças, em que um passo em falso pode ser muito perigoso.
Para conseguir ultrapassar esse percurso perigoso será fundamental que o Governo fale a verdade e tenha uma postura ética inatacável. O Governo tem de explicar as dificuldades do país e a necessidade que ele tem da ajuda da UE e do FMI e que por isso obrigam a cumprir as medidas por estes impostas. Apesar de cumprir as medidas impostas, o Governo deve compreender e explicar à UE e FMI que a política de austeridade não é o caminho a seguir, tal como foi dito por diversas personalidades nas últimas semanas.
O Governo deve ainda enaltecer o esforço que os portugueses estão a fazer. Como já disse várias vezes, se não fizer esse elogio agora, ele poderá já vir tarde de mais e os novos dirigentes da CGTP-IN não prometem nada de bom a esse respeito.
Finalmente, em termos éticos o Governo deve ter muito cuidado com a nomeações que faz para empresas públicas e a substituição de cargos dirigentes, para evitar que se levantem duvidas sobre a seriedade do executivo.

O governo aprovou hoje em Conselho de Ministros a extinção dos feriados de 5 de Outubro e 1 de Dezembro

Na semana que acabou, Vítor Gaspar disse numa reunião com elementos da Troika que Portugal pode estar mais próximo “de um ponto de viragem”. As suas declarações tinham essencialmente como base o sucesso do leilão de titulos do tesouro com maturidade a 11 meses que ocorreu esta semana, mas a Síntese de Execução Orçamental revelada sexta-feira ajudou a reforçar esta ideia ao informar que o défice da Administração Central e da Segurança Social diminuiu para 5,9 mil milhões de euros em 2011 e o saldo primário, que exclui o pagamento de juros, foi positivo em cerca de 200 milhões de euros.

Apesar de alguns deslizes Vítor Gaspar tem sido um dos bons ministros deste governo e estes resultados reforçam a sua posição. Agora é necessário que os seus colegas o acompanhem essencialmente através de implementação de medidas que aumentem a eficiência do sector público, combatam o desperdicio, promovam o desperdicio e mais importante tenham em conta o impacto social que as medidas de austeridade implicam e que por isso obrigam a acções concretas junto daqueles que passam por mais dificuldades.

Esta sexta-feira o Presidente da República veio dizer que recebe 1300 euros de reforma pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) e que "o que somar pelo BdP não vai chegar para pagar as minhas despesas". Lembrar que falamos da mesma pessoa que nos últimos tempos tem vindo dizer que os Portugueses tiveram uma vida fácil nos últimos anos e que a vida boa tem de acabar. Senhor Presidente, o senhor e outros podem ter tido uma vida fácil e boa nos últimos anos, mas isso não se aplica necessariamente a todos os portugueses. É verdade que é necessário mudar de vida, particularmente quem  recebe 1300 euros de reforma pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) mais a reforma do Banco de Portugal e não sabe como pagar as despesas (para clarificar segundo me informaram, a reforma a pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) mais a reforma do Banco de Portugal dá um valor de cerca de 10000€)

O senhor Silva, devia fazer como o seu homónimo norte americano e sempre que lhe perguntarem algo ao qual ele não sabe ou não quer responder...cantava, evitava sair asneira, tabus e outras coisas afins! altamente!!

E devemos responder a mais um presente da S&P da forma que a música sugere

Continua a não haver data para a celebração do acordo que permitirá o financiamento da Madeira e um dirigente do PSD-Madeira já veio dizer que ou Lisboa "toma juízo ou temos de ir para a independência"

Numa altura em que até se andava a conseguir respirar alguma coisa, com os yields das obrigações a descerem nos diversos países e vários leilões a terem um sucesso bastante grande, uma das nossas queridas agências de rating (neste caso a S&P) decidiu dar um ar da sua graça e descer o rating de 9 paises da zona euro. Desta forma a S&P passou a considerar como junk as obrigações portuguesas , tal como as outras agências de rating.
Portugal desta vez teve companhia ilustre, já que os ratings de  Itália, Espanha e Chipre baixaram em dois níveis, enquanto os de França, da Áustria – que perdem o triplo A – e de mais três países (Eslováquia, Eslovénia e Malta) foram cortados em um nível.

A história mostra que as agências de rating falham redondamente e normalmente funcionam ao contrário do que deviam, pois só identificam os problemas depois de as crises estarem instaladas e quando se tenta resolver as crises não entendem as possibilidades de recuperação. Pior ainda são as discrepâncias nas comparações entre paises.

E com a ajuda deste senhores das agências de rating (que devem ser de certeza da maçonaria) vamos ardendo calmamente

Quando dúvidas houverem sobre se determinada pessoa pertence ou não à dita cuja, é só estar atento aos sinais.

Não tenho nada a dizer. Apenas gostei da ideia de desistir de propor uma simplificação devido à sua complexidade.

Quero aqui juntar-me ao esforço redistributivo de Eduardo Catroga. Não preciso de 45.000€ por mês, chegam-me 12.775€ e comprometo-me a "dar" metade para impostos. Também vou deixar de pagar as contas, pode ser que alguém me contrate para a Águas de Portugal ou outra empresa qualquer.
Se calhar aqueles partidos mais à esquerda sempre têm razão, é aumentar salários! Mas aumentar bem aumentados, que assim metade vai tudo para impostos que podem ser usados nas políticas sociais e aumenta-se a receita do Estado.
Já agora alguém podia dar aqui uma ajudinha e pagar a taxa de justiça ao processo de José Sócrates? Que tal fazermos uma vaquinha?

Dados os recordes nos preços do sumo de laranja, os custos de negociação dos contratos de sumo de laranja foram aumentados com o objectivo de que os investidores não espremam demasiado a matéria-prima. As recentes nomeações para a EDP e Águas de Portugal vieram demonstrar que temos de ter cuidado com este fenómeno.

Há por ai mais pessoas empenhadas em mudar esta pouca vergonha. Cá está uma boa forma de promover a tradicional arte do azulejo em Portugal.

Numa altura em que saem noticias de que o défice de 2012 será superior ao previsto (5,4% em vez de 4.5%), resultante dos pagamentos de dívidas de hospitais e dos encargos associados à transferência parcial dos fundos de pensões da banca para o Estado, o que pode obrigar a novas medidas de austeridade e obtenção de mais receitas extraordinárias, aqui fica esta música dedicada a todos os portugueses.

Andava há algum tempo para partilhar este video... Lembro-me de ver isto em criança e parece que vou continuar a ver por uns tempos.

Já é do conhecimento de muitos este acórdão. Mas nunca é de mais difundir este tipo de informação e reflectir sobre tal tema. Muito ja foi dito e não vou maçar-me a referir novamente, pelo que apenas aponto algo que me parece muito particular tanto nas varias lojas maçónicas como nos vários partidos políticos, as ideias e os ideais estão esquecidos numa gaveta.

É importante mudar com esta pouca vergonha, não é errado uma pessoa pertencer a estes tipos de sociedades ou partidos, penso que o que está incorrecto é não ter um pensamento livre e consistente com a realidade actual. Cada vez mais somos dirigidos por pessoas que colocam a ambição pessoal a frente do desígnio nacional. Temos de MUDAR, nunca é tarde se quisermos mudar.

Site: http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/03259faaca96ae26802576b20042f85e?OpenDocument&ExpandSection=1

A recente mudança para a Holanda da empresa que controla a Jerónimo Martins recordou-me a seguinte música

Esta sexta-feira foram anunciados os valores da taxa de desemprego em Portugal e nos EUA. E esses números revelam uma realidade completamente diferente. Enquanto a taxa de desemprego norte-americana caiu em Dezembro para 8,5%, o nível mais baixo desde Fevereiro de 2009, em Portugal a  taxa de desemprego saltou de 13% em Outubro para 13,2% em Novembro, o que representa um novo recorde.

Nos últimos dias o nome da  Maçonaria apareceu em força nos nossos meios de comunicação social. Seja porque o ex-director da "secreta" e o lider parlamentar do PSD pertencem à mesma loja Maçonica e por isso alegadamente certas referências à Maçonaria foram apagadas do relatório do parlamento sobre as secretas. Seja porque um Maçon vai para administrador da EDP. Seja porque houve um jantar alegadamente maçónico organizado pelo ex-chefe de gabinete de Isaltino Morais na Câmara de Oeiras e que reunia o lider parlamentar do PSD e quadros da OnGoing.

Continuo a ter a mesma opinião da Maçonaria que sempre tive. Uma organização com um papel histórico importante, muito diferente dos boatos que dela se apregoam mas com os defeitos de todas as organizações que tentam simultaneamente ser secretas e ter um papel activo no modelo de sociedade (semelhante situação ocorre com a Opus Dei) . Nos fundamentos da Maçonaria está subjacente uma ideia de transformação não só de cada um, mas também da sociedade. Logo, penso que uma organização com essas caracteristicas não pode cultivar o secretismo que a Maçonaria implementa, pois isso prejudica toda a transparência das suas acções e leva às situações que agora se sucedem. Se a Maçonaria quer continuar a ter um papel importante na sociedade deve acabar com o secretismo que a rodeia, e desta forma conseguirá sair beneficiada, não só por ser mais fácil controlar alguns excessos dos seus membros mas também por evitar alguns dos boatos que sempre rodearam a Maçonaria.